
O mais recente Barómetro APAV / Pitagórica sobre o tema da “Perceção de Criminalidade e Insegurança” mostra um país que se diz seguro, mas mais desconfiado desde a pandemia. Apesar de 60% dos portugueses considerarem Portugal um país seguro ou muito seguro e 63% afirmarem sentir-se seguros no quotidiano, a perceção de segurança diminuiu em todas as regiões face ao período pré-COVID, com destaque para a Grande Lisboa e a Europa em geral.
O estudo resulta da parceria mecenática entre a APAV e a Pitagórica e revela que um em cada três portugueses tem receio de ser assaltado ou agredido, mais 10 pontos percentuais do que em 2023. O receio é maior à noite e fora da zona de residência ou trabalho, afetando sobretudo as classes sociais mais baixas.
Entre as principais ameaças à segurança, destacam-se a criminalidade violenta (62%), o cibercrime (54%) e o tráfico de drogas (30%). Cerca de 9% dos inquiridos dizem ter sido vítimas de crime nos últimos 12 meses, o valor mais alto desde 2012, e metade não apresentou queixa, principalmente por falta de confiança na justiça.
Mais de metade dos portugueses (54%) teme que o seu veículo seja furtado ou danificado e 44% receiam um assalto à residência, sendo 12% os que admitem sentir medo dentro da própria casa. Quase todos os inquiridos (95%) acreditam que há grupos mais vulneráveis à violência, como mulheres, idosos, migrantes e pessoas LGBTI+.
A APAV mantém uma notoriedade de 85%, e 36% dos inquiridos classificam como “bom” ou “muito bom” o mérito das suas propostas e trabalho de apoio às vítimas.
O Barómetro APAV / Pitagórica foi realizado entre 1 e 8 de julho, com 600 entrevistas telefónicas, representando a população residente em Portugal com 15 ou mais anos, e apresenta um grau de confiança de 95,5% e margem de erro de ±4,08%.
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