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Público | "Violência sexual: universitários de Lisboa têm medo de ser abordados nos estacionamentos"

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foto Publico violencia sexual universitarios

"Inquérito do Centro de Estudos da Federação Académica de Lisboa, que envolveu 995 alunos, é apresentado esta terça-feira.

Só um quinto dos estudantes universitários da Área Metropolitana de Lisboa não foi alvo, pelo menos uma vez, de comentários ou olhares provocatórios de natureza sexual. Muito poucos já sentiram insegurança dentro dos campi, mas a grande maioria já teve medo num parque de estacionamento.

Estas são algumas conclusões do estudo Violência Sexual na Academia de Lisboa: prevalência e percepção dos estudantes, que será apresentado às 16h desta terça-feira, no Auditório Maria Odette Santos-Ferreira, na Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa. Desenvolvido pelo Centro de Estudos da Federação Académica de Lisboa, com o apoio da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, da Quebrar o Silêncio e da UMAR - União de Mulheres Alternativa e Resposta entre 2018 e 2019, envolveu 995 estudantes com idades compreendidas entre os 17 e os 30 anos.

A generalidade dos estudantes percebe estar perante perante violência sexual quando em causa há um contacto físico indesejado: ter sexo com alguém sem consentimento (97,6%), apalpar as nádegas de alguém sem consentimento (96,6%), coagir alguém a consumir bebidas alcoólicas ou drogas ilícitas e ter sexo com essa pessoa (91,1%).

A noção torna-se mais difusa à medida que assume outros contornos, associados à imagem ou à palavra: 86,2% dos estudantes entendem como violência enviar um vídeo, não solicitado, com conteúdo sexual; 82,1% fazer um comentário provocativo acerca da genitália; 71,1% enviar uma SMS sexual fora de contexto; 62,4% dizer piropos; 35,3% olhar fixamente para os seios de alguém. (...)"

Fonte: Público