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  • Violência não expressa amor
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Dia Europeu em Memória das Vítimas de Terrorismo

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A 11 de Março assinala-se o Dia Europeu em Memória das Vítimas de Terrorismo. Foi nesta data que, em 2004, ocorreram os ataques na estação ferroviária de Atocha, em Madrid, vitimando 193 pessoas e deixando feridos mais de 2000. Juntamente com os atentados em Nova Iorque, em 2001, e em Londres em 2005, a noção de terrorismo, em grande escala e perto de todos nós, passou a ser uma constante.

Hoje em dia, com a destabilização política no Médio Oriente e com a crise dos refugiados, que procuram um melhor destino de vida longe dos seus países, temos uma Europa marcada pela violência e pelos discursos cada vez mais extremistas, seja por movimentos religiosos ou, por outro lado, nacionalistas e identitários. Assistimos hoje a uma radicalização desses discursos, de diferentes quadrantes sociais, que marcam cada vez mais a polarização das diferenças entre “nós” e os “outros”.

O Dia Europeu em Memória das Vítimas de Terrorismo tem o objetivo de lembrar as pessoas que foram alvo destas causas radicais, para que seja válida a sua “voz” e a dos seus familiares e amigos/as. Não apenas faz parte do seu próprio processo de recuperação, como humaniza estes atos horríveis. Permite relembrar que os atentados não foram cometidos contra uma parte da sociedade, mas sim contra pessoas reais, que são família e/ou amigos/as de alguém. Pessoas com nomes, rostos e histórias de vida bruscamente interrompidas.

Desde 2016 que a APAV tem apoiado vítimas, familiares e amigos de vítimas de atentados terroristas ocorridos no estrangeiro, através da Rede de Apoio a Familiares e Amigos de Vítimas de Homicídio e Terrorismo (RAFAVHT). Acrescentamos ao nosso trabalho a prevenção e o combate à radicalização. O Projeto Counter@ct - prevenção e combate à radicalização, promovido pela APAV, tem implementado uma campanha de narrativas positivas de integração por parte de migrantes e refugiados.

Da mesma forma que não se pode esquecer quem sofreu os atentados, é importante perceber que, no terrorismo, as vítimas não são apenas aquelas que são diretamente atingidas, mas todos nós, em sociedade, independentemente de crenças, nacionalidades, orientação sexual ou diferenças de género. Assinalar e lembrar este dia é também uma celebração da diversidade que nos identifica como cidadãos europeus.