Na passada sexta feira, dia 16 de fevereiro, decorreu, no Fórum FNAC Chiado, em Lisboa, a primeira sessão do Festival Impacto, o primeiro “slow fest” de Portugal, um evento concebido para privilegiar a reflexão e introspeção focado no tema dos preconceitos.

A APAV fez a curadoria desta sessão, moderada por Miguel Meneses, tendo convidado para participar na conversa Paula Guimarães, Stella Bettencourt da Câmara e Miguel Arriaga que trouxeram ao debate questões como o idadismo em diferentes setores, incluindo no mercado de trabalho e na saúde, a necessidade de preparar o envelhecimento ao longo da vida, a importância da intergeracionalidade e de uma visão mais positiva dos diferentes contributos que cada pessoa pode dar, independentemente da sua idade. Juntou-se a esta conversa, em representação da APAV, Marta Carmo que deixou, também, alguns exemplos reais de manifestações deste preconceito e abordou as consequências emocionais, psicológicas e práticas desta forma de discriminação.

Com a plateia cheia e com uma frutífera participação do público, esta sessão representou o arranque de uma iniciativa inovadora, que se dividirá em diferentes sessões (entrevistas, ciclo de conversas, encontros “the human library®”, ciclo de tertúlias e a atribuição de um prémio), e que decorrerá até novembro de 2024.

Acompanhe o Festival Impacto e saiba os temas e locais das próximas sessões em www.festivalimpacto.org e nas redes sociais.

Terminou, a 31 de janeiro de 2024, o projeto Portugal Mais Velho – Formar quem Cuida, Sensibilizar quem Decide, uma iniciativa conjunta da APAV e da Fundação Calouste Gulbenkian que veio dar seguimento ao projeto Portugal Mais Velho, implementado entre 2019 e 2020.

A fase da iniciativa que agora termina desenvolveu-se em dois eixos paralelos: a formação de cuidadores/as profissionais de pessoas idosas acerca da violência contra pessoas idosas e seus fatores de risco; e a advocacia social e sensibilização dos decisores políticos e do público geral.

No eixo dedicado à formação, foram implementadas durante a iniciativa que se estendeu entre fevereiro de 2022 e janeiro de 2024, 57 ações de formação, em 51 Municípios de todas as regiões do país, incluindo as Regiões Autónomas, para cuidadores/as profissionais de pessoas idosas. Estas ações de formação abrangeram um total de 853 profissionais, entre eles, Auxiliares de Ação Direta, Diretores/as Técnicos/as, Técnicos/as Superiores, Assistentes Sociais, Animadores Socioculturais, Enfermeiros/as, Psicólogos/as, membros das Forças de Segurança e outros/as.

Foram ainda, em formato piloto, implementadas 3 ações de sensibilização online dirigidas especificamente a Diretores/as Técnicos/as de Instituições de Apoio Social a Pessoas Idosas, de diferentes regiões do país.

No âmbito da advocacia social, foram implementadas 14 sessões juntos de decisores políticos, ao nível local e nacional e foi, ainda, enviada para todos os 308 Municípios, para as 21 Comunidades Intermunicipais, para as Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto, para as Associações Regionais de Municípios das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores e para a Associação Nacional de Municípios, uma brochura informativa dedicada à temática da violência contra pessoas idosas, laçando um repto ao poder local de envolvimento e criação de respostas para esta problemática.

Para o desenvolvimento desta iniciativa, a APAV e a Fundação Calouste Gulbenkian contaram com o acompanhamento por parte de um grupo de peritos e com a colaboração de 54 entidades parceiras locais que facilitaram a organização e a divulgação das ações de formação.

Os resultados atingidos com esta fase da iniciativa motivaram a continuação da mesma, estando a APAV e a Fundação Calouste Gulbenkian a trabalhar no desenvolvimento da sua próxima fase, na qual se pretende dar continuidade ao trabalho de prevenção, intervenção e sensibilização na temática da violência contra pessoas idosas.

A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) encontra-se a recrutar Ajudante de Ação Direta para a região do Litoral Alentejano (concelhos limítrofes - Grândola, Aljustrel, Santiago do Cacém, Alcácer do Sal, Sines, Odemira).

O que vai fazer?

• Acolhimento e integração de vítimas de tráfico de seres humanos;
• Acompanhamento e apoio diurno e/ou noturno dentro e fora do Serviço;
• Participação na ocupação de tempos livres dos utentes;
• Colaboração nos cuidados de saúde a administrar que não obriguem conhecimento técnico;
• Garantir a alimentação regular dos utentes, assim como manter seguros e cuidados os utensílios e equipamentos necessários para a realização das refeições;
• Apoiar nos cuidados de higiene e conforto dos utentes;
• Conduzir, se habilitado, a viatura de serviço para a realização de tarefa prevista no âmbito das suas funções;
• Reportar à coordenação e/ou equipa técnica ocorrências relevantes no âmbito das funções exercidas.
  
  

O que procuramos?

• Ter formação e/ou experiência profissional na função ou área semelhante (preferencial);
• Disponibilidade para trabalhar por turnos, inclusive noturnos (obrigatório);
• Detentor/a de Carta de Condução (obrigatório);
• Conhecimentos de inglês e de outras línguas será valorizado;
• Identificação com a missão e valores da APAV;
• Boas competências de gestão e organização;
• Orientação para as pessoas e para os utentes da APAV;
• Capacidade de trabalho em equipa;
• Capacidade de empatia e autogestão emocional.
  
  

Condições e local de trabalho:

• Contrato de trabalho a termo incerto;
  37 horas semanais;
  Formação Inicial e Contínua.

A APAV preocupa-se em seguir uma política de gestão de recursos humanos com base no desenvolvimento pessoal e profissional de cada colaborador/a.

Processo de candidatura
Caso tenha interesse e corresponda ao perfil procurado, deverá enviar o currículo detalhado, o certificado de habilitações e outros de formações relevantes para Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar., com a referência no assunto “Ajudante de Ação Direta_Alentejo”.

Processo de seleção
Só serão aceites as candidaturas que contenham todos os documentos pedidos, bem como apenas serão contactados/as os/as candidatos/as aprovados/as na análise curricular. Posteriormente decorrerá a entrevista dos/as candidatos/as selecionados/as.

A APAV rege-se pelo princípio de igualdade de oportunidades onde as pessoas são selecionadas com base nas suas competências e mérito.

Assinalando o Dia da Internet Mais Segura, que este ano se celebra a 6 de fevereiro, a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima apresenta as Estatísticas APAV | Linha Internet Segura 2023. A Linha Internet Segura presta apoio em duas vertentes: apoio a questões relacionadas com o uso das tecnologias e a vítimas de cibercrime e outras formas de violência digital (helpline); e plataforma de denúncia de conteúdos ilegais na internet (hotline).

Em 2023, a Linha Internet Segura registou 1.522 processos. Destes, 731 foram referentes a pedidos de apoio por parte de vítimas de cibercrime e outros tipos de violência digital. Este é um aumento significativo face ao ano anterior, seguindo a tendência de crescimento dos últimos anos. Este documento apresenta estatísticas específicas relativas aos processos de atendimento e apoio, os crimes e outras formas de violência mais registados, bem como os tipos de burla denunciados, o perfil das vítimas de crime e os canais de contacto.

No ano de 2023, manteve-se o destaque para os crimes de burla e formas de violência associadas à ameaça de partilha de conteúdo íntimo. No caso das burlas registou-se um total de 332 contactos, destacando-se as situações de comércio online e burlas românticas.

Nos casos enquadrados como violência sexual baseada em imagens, a Linha Internet Segura registou 184 contactos. Um total de 99 contactos foram referentes a situações de sextortion (forma de violência em que a vítima é coagida a enviar conteúdo íntimo ou quantias em dinheiro, para evitar que a pessoa agressora partilhe imagens íntimas suas). Acresce ainda o número de contactos referentes a crimes sexuais contra crianças, nomeadamente situações de aliciamento de menores para fins sexuais e pornografia de menores.

Na vertente da hotline, foram registadas no total 791 denúncias, entre as quais 628 relativas a conteúdo de abuso sexual de menores — desde o início da pandemia estas formas de violência são as que mais têm aumentado, quer a nível nacional quer mundial. No que concerne ao material de abuso sexual de menores online, a maior parte continua a ser o material auto-produzido por parte de crianças e jovens, que muitas vezes é conseguido através de manipulação perpetrada por adultos (grooming).

Na prossecução da melhoria contínua do atendimento, a Linha Internet Segura conta com o apoio de várias entidades para encaminhamento e seguimento de contactos; a resposta integrada no Sistema Integrado de Apoio à Distância (SIAD) permite que a cada situação seja dada uma resposta conjugada com os serviços de proximidade da APAV e os sistemas de referenciação protocolados com entidades parceiras.

A Linha Internet Segura está disponível para apoiar através do número 800 21 90 90 (dias úteis, entre as 8h00 e as 22h00) ou do e-mail Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.. O canal de denúncias está disponível online. O apoio é confidencial e gratuito.

Estatísticas APAV | Linha Internet Segura 2023 (PDF)