• Romance Scam
  • Violência não expressa amor
  • Pode servir a qualquer pessoa

Casa de Abrigo ALCIPE | 10 Anos

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A Casa de Abrigo ALCIPE, para mulheres e crianças vítimas de violência, assinala este ano os seus 10 anos de existência. Esta é uma das duas Casas de Abrigo geridas pela APAV, que complementa o trabalho de sensibilização e de apoio, desenvolvido pelos Gabinetes de Apoio à Vítima, pela Linha de Apoio à Vítimas e pelas unidades de apoio especializado. No dia 27 de Setembro de 2006 foram registados os seus primeiros acolhimentos.

Ao longo destes dez anos deparámo-nos com muitos desafios, que têm sido encarados como um processo de aprendizagem constante. Trabalhar de uma forma tão próxima com mulheres e crianças vítimas do crime de violência doméstica tem constituído uma oportunidade para conhecer as pessoas de uma forma mais completa. Trata-se de um trabalho que tem tanto de desgastante como de desafiante, onde se procura que a Casa de Abrigo seja mais do que o espaço que acolhe e protege as mulheres e crianças vítimas de violência doméstica.

A Casa de Abrigo é também o espaço onde cada mulher tem a hipótese de se (re)conhecer como pessoa, mulher, mãe, profissional… É o espaço onde cada pessoa tem a oportunidade de lidar com sentimentos negativos (e por vezes percepcionados como avassaladores), como o medo, a revolta, zanga, raiva, ira, decepção, angústia, onde lhes é permitido emocionarem-se sem que se sintam constrangidas por se permitirem chorar. Mais do que poder falar sobre o seu passado, cada mulher pode tentar projectar-se no futuro, dando lugar ao optimismo, falando abertamente sobre as suas aspirações, sem se permitirem que as dificuldades as paralisem, sem se sentirem julgadas pelas escolhas que fazem.

No caso das crianças, tem sido possível proporcionar-lhes um ambiente tranquilo e securizante. O maior retorno que temos tido é continuarmos a manter o contacto com algumas das famílias que se foram autonomizando, e acompanhá-las no seu crescimento. E sentimos a enorme alegria de rever crianças, que conhecemos ainda bebés, quando regressam para nos visitar. Sentimos o reconhecimento pelo trabalho desenvolvido.

A celebração destes primeiros dez anos de vida da Casa de Abrigo ALCIPE vai ser marcada pela promoção de diversas iniciativas, contudo não deverá servir apenas para se olhar para o passado ou para se fazer um balanço. Deveremos, sobretudo, olhar para o futuro: honrar o trabalho dos últimos dez anos encarando a próxima década, contribuindo para que cada vez mais mulheres e crianças possam encontrar novos rumos, que possam rumar a novos projectos de vida sem violência.

APAV Notícias #65 | Agosto 2016

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A newsletter APAV Notícias, boletim informativo da APAV, apresenta um resumo das actividades mais recentes da Associação. A edição #65, agosto de 2016, reúne informação sobre: a nova campanha de prevenção dos abusos sexuais de crianças e jovens; o lançamento da nova revista "Miscellanea APAV"; a celebração dos 10 anos da Casa de Abrigo Alcipe, para mulheres e crianças vítimas de violência; e a nova campanha de angariação de Associados/as APAV. A newsletter inclui ainda vários destaques.

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APAV Notícias #65 | Agosto 2016

Solidariedade com as vítimas do ataque na Normandia

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Foto: Getty Images

A APAV manifesta o seu pesar pelas vítimas do ataque que teve lugar na igreja de Saint-Etienne-du-Rouvray, na região da Normandia, no dia 26 de Julho, e a sua solidariedade para com os seus familiares, amigos e comunidades afetadas pelo trágico acontecimento de terrorismo.

Os nossos pensamentos estão com todas as pessoas que estão a sofrer em virtude do sucedido e reafirmarmos como é essencial que as vítimas diretas e indiretas destes atentados recebam apoio adequado para que consigam lidar com estes terríveis acontecimentos. Manifestamos a nossa solidariedade com todas e todos que estão a sofrer com este momento dramático.

Posição Pública | Imunidade, Impunidade & as Vítimas de Crime

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embaixada iraque
Foto: Mário Ribeiro / Arquivo Global Images

No domínio do processo penal exige-se uma postura de serenidade e de contenção, um tempo de análise e de ponderação e pressupõe-se um espaço de justiça em que as regras, todas as regras, se cumprem escrupulosamente e o ideário da liberdade, da segurança e da igualdade se prosseguem dentro dos limites estabelecidos pelos legisladores internacional e nacional.

A imunidade diplomática não pode ser um sinónimo de impunidade. Mas também não se pode exigir num processo, em qualquer processo, que se incumpram as normas internacionais e as leis nacionais. Sobretudo quando há válvulas de escape.

Ou seja, há mecanismos para fazer atuar a justiça penal. Mesmo quando há imunidades em causa. O que não há, nem pode haver, são vazios de justiça, espaços de impunidade. E esses mecanismos para fazer atuar a justiça penal devem estar também ao serviço das vítimas e não só salvaguardar as garantias de defesa. Essa concreta e individual ponderação é, ou deve ser, feita pelas autoridades judiciais e judiciárias, mesmo que a pedido das autoridades policiais, dos cidadãos interessados, arguidos, assistentes, vítimas, partes civis e outros intervenientes processuais.

O cumprimento das normas não é um obstáculo, é uma decorrência do Estado de Direito Democrático.

E os processos de investigação, bem como os processos judiciais, devem sempre prosseguir, preferencialmente sem quaisquer pressões externas, sejam elas políticas ou diplomáticas, populistas ou mediáticas.

APAV Notícias #64 | Julho 2016

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A newsletter APAV Notícias, boletim informativo da APAV, apresenta um resumo das actividades mais recentes da Associação. A edição #64, julho de 2016, reúne informação sobre: a apresentação do projecto CARE na Gulbenkian; a inauguração das novas instalações do Gabinete de Apoio à Vítima de Cascais; a apresentação do Relatório 2015 - Vítimas de Homicídio; e o lançamento do disco solidário "Passa a outro e não ao mesmo". A newsletter inclui ainda vários destaques.

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APAV Notícias #64 | Junho 2016