No dia 24 de junho assinala-se o Dia Nacional da Pessoa Cigana. As pessoas de etnia cigana, a maior minoria étnica da Europa, continuam a ser afetadas por preconceito, intolerância e discriminação em várias esferas da vida em sociedade. Continua a ser necessário recordar a importância de criar políticas públicas contra o anticiganismo e a necessidade de combater os estereótipos erradamente atribuídos à comunidade cigana.
No âmbito do quadro estratégico da União Europeia para a igualdade, a inclusão e a participação dos ciganos, são abrangidos sete domínios, nos quais se pretende eliminar até 2030 as condições de desigualdade para as pessoas ciganas: inclusão, participação, igualdade, educação, emprego, saúde e habitação.
Para além desta realidade, as pessoas ciganas podem ser vítimas de várias formas de crime e violência, sofrendo também o impacto dos comportamentos discriminatórios de que são alvo, por vezes por parte das próprias entidades públicas e privadas a que recorrem para obter apoio. Os mais recentes relatórios oficiais indicam precisamente que «as comunidades ciganas têm sido alvo de um discurso de ódio significativo, em especial nas redes sociais e por políticos de extrema-direita. Por exemplo, um inquérito da UE FRA revelou que 46% dos inquiridos ciganos sofreram de assédio motivado pelo ódio. As plataformas das redes sociais são frequentemente utilizadas para divulgar um discurso de ódio que envolve estereótipos e uma retórica inflamada contra os ciganos.» (ECRI, 2025)
A APAV, através da Rede Nacional de Gabinetes de Apoio à Vítima e da rede APAV SAFE — Apoio a Vítimas Estrangeiras, de Crimes de Ódio e de Tráfico e Exploração de Pessoas, está disponível para apoiar todas as pessoas vítimas de qualquer forma de crime, violência e discriminação, prestando serviços gratuitos e especializados.
Linha de Apoio à Vítima | 116 006
(chamada gratuita, dias úteis, 8h-23h)
