A nossa história

A ORIGEM DA UAVMD

No final dos anos 90 e início do novo século, Portugal assistiu a uma nova vaga de imigração e constatou-se que os cidadãos imigrantes vítimas de crime careciam de apoio especializado, que levasse em conta às suas vulnerabilidades específicas, nomeadamente: desconhecimento do sistema judicial e dos serviços sociais de apoio em Portugal, aspectos culturais que podem condicionar as estratégias de intervenção, situação documental no país e eventuais dificuldades para o exercício de direitos. Esta nova realidade levou a APAV a adaptar os seus serviços de apoio, encontrando novas respostas e estratégias de intervenção.

Reconhecendo esta necessidade, em 2005, a APAV em colaboração com o Alto Comissariado para as Migrações (ACM), antigo ACIME, desenvolveu a Unidade de Apoio à Vítima Imigrante e de Discriminação Racial ou Étnica (UAVIDRE), com o objetivo de disponibilizar apoio qualificado aos imigrantes vítimas de crime e vítimas de discriminação racial ou étnica. O trabalho da UAVIDRE desenvolveu-se na rede da APAV, dando origem à atual Rede de Apoio à Vítima Migrante e de Discriminação.

o quê é?

A Rede de Apoio à Vítima Migrante e de Discriminação é uma sub-rede especializada no apoio a cidadãos migrantes ou de nacionalidade não portuguesa que se encontrem em Portugal por qualquer motivo e que tenham sido vítimas de crime. Esta sub-rede tem como objectivo responder às necessidades destes grupos e pessoas, que tendo em conta a sua especial vulnerabilidade, são frequentemente alvos preferenciais de diversos tipos de crime e que carecem de apoio especializado.

A Rede de Apoio à Vítima Migrante e de Discriminação tem ainda vindo a especializar a sua intervenção em crimes específicos, que independentemente da nacionalidade da vítima, têm uma ocorrência significativa em Portugal, nomeadamente: tráfico de pessoas, mutilação genital feminina, casamento forçado, crimes de ódio e discriminação, bem como nas situações de discriminação enquanto contra-ordenação.

Tendo em conta a integração e o estabelecimento da população migrante em zonas geográficas diversificadas, a APAV tem promovido a continuidade desta resposta, tomando a iniciativa de desenvolver a Rede de Apoio à Vítima Migrante e de Discriminação de forma a descentralizar este apoio especializado. Esta Rede visa prestar uma melhor resposta e obter uma melhor articulação de esforços no apoio específico, tendo actualmente como integrantes as seguintes unidades de apoio:

UAVMD – Porto


Unidade de Apoio à Vítima Migrante e de Discriminação (UAVMD)

Sediada no Porto, esta Unidade tem como objectivo prestar um apoio qualificado aos migrantes vítimas de crime e/ou vítimas de discriminação que residam nesta zona do país, especializando-se na intervenção em situações que enquadrem a actividade da rede.

UAVMD – Lisboa


Unidade de Apoio à Vítima Migrante e de Discriminação (UAVMD)

Sediada em Lisboa, partilhando as instalações com o Gabinete de Apoio à Vítima de Lisboa e instalações de Sede da APAV, esta Unidade tem como objectivo prestar um apoio qualificado às pessoas vítimas de crime que nos procuram, apoiando ainda a restante rede de Gabinetes de Apoio à Vítima da APAV na intervenção especializada em situações que enquadrem a actividade da rede.

UAVMD – Portimão


Unidade de Apoio à Vítima Migrante e de Discriminação (UAVMD)

Sediada em Portimão, esta Unidade tem como objectivo prestar um apoio qualificado aos migrantes vítimas de crime e/ou vítimas de discriminação que residam nesta zona do país, especializando-se na intervenção em situações que enquadrem a actividade da rede.

As UAVMD do Porto, Lisboa e Portimão contam com co-financiamento do Fundo para o Asilo, a Migração e a Integração (FAMI), destinado ao apoio de pessoas nacionais de países terceiros.

 

As UAVMD do Porto, Lisboa e Portimão têm como parceiros a Câmara Municipal de Lisboa e a Junta de Freguesia de Arroios.

 

 

UAVMD – Açores


Unidade de Apoio à Vítima Migrante e de Discriminação (UAVMD)

Sediada em Ponta Delgada, esta Unidade tem como objectivo prestar um apoio qualificado às pessoas vítimas de crime que nos procuram, que residam no arquipélago dos Açores, especializando-se na intervenção em situações que enquadrem a actividade da rede.