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Estatísticas APAV | Vítimas no Feminino | 2022 — 2024

A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima divulga as Estatísticas APAV | Vítimas no Feminino | 2022 — 2024. Estes dados apresentam a evolução do fenómeno no triénio e permitem observar a sua expressão em diferentes dimensões sociodemográficas e territoriais.

Entre 2022 e 2024, a APAV apoiou 36.489 vítimas do sexo feminino, correspondendo a 11.410 vítimas em 2022, 12.398 em 2023 e 12.681 em 2024, evidenciando um crescimento progressivo ao longo do período (11,1%).

No mesmo triénio, chegaram ao conhecimento da APAV um total de 70.179 crimes e formas de violência praticados/as contra vítimas no feminino, o que representa um aumento de 10,1% sendo que cada mulher apoiada foi alvo, em média, de dois crimes em simultâneo.

No detalhe das tipologias de crime, destacam-se 56.966 crimes de violência doméstica (81,2%), seguidos de 1.773 crimes de ameaça/coação (2,5%), 1.571 ofensas à integridade física (2,2%), 1.453 crimes de abuso sexual de crianças (2,1%), 1.438 crimes de injúria/difamação (2%) e 638 crimes de burla (0,9%).

A análise demográfica revela que 61,3% das vítimas eram mulheres adultas dos 18-64 anos (22.380), 15% eram crianças e jovens até aos 17 anos (5.451) e 10,3% eram mulheres com 65 ou mais anos (3.765). No que respeita à nacionalidade, 74,3% das vítimas eram cidadãs portuguesas. Foram ainda apoiadas 5.937 mulheres de nacionalidade estrangeira, representando um aumento de 29,7% no triénio, com predominância de vítimas provenientes das Américas, África, Europa não portuguesa e Ásia.

A maior parte das vítimas apoiadas residia nos municípios de Lisboa (22,1%), Faro (17,4%), Porto (13,2%) e Braga (9,8%), refletindo dinâmicas populacionais e sociais distintas em diferentes regiões do país.

Entre 2022 e 2024, foram igualmente identificadas 37.122 pessoas agressoras de vítimas no feminino, representando um aumento de 15,9%. A maioria correspondia ao sexo masculino (70%), seguindo-se o sexo feminino (8,7%). No que respeita à relação pessoa agressora – vítima, 47,8% das pessoas agressoras estavam ou estiveram numa relação de intimidade com a vítima, 8,3% eram pai ou mãe, 6% eram filho ou filha, e 17,6% correspondiam a outras relações familiares ou de proximidade.

Os dados relativos ao tempo de vitimação mostram que 28,2% das mulheres recorreram à APAV após dois a seis anos de violência continuada, enquanto 1,6% o fez após mais de 40 anos de vitimação. No que respeita à apresentação de queixa ou denúncia, 53,3% das vítimas formalizaram o processo junto das autoridades, enquanto 34,9% não o fizeram.

A APAV presta apoio jurídico, psicológico e social, gratuito e confidencial, através da Linha de Apoio à Vítima 116 006 (gratuita, dias úteis das 8h às 23h), bem como pela sua rede nacional de gabinetes e estruturas de proximidade.

Consulte aqui o documento.

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