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Estatísticas APAV | Vítimas no Masculino | 2022 — 2024

A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima divulga as Estatísticas APAV | Vítimas no Masculino referentes ao apoio prestado entre 2022 e 2024 a vítimas do sexo masculino.

De acordo com os dados, a APAV apoiou 10.261 homens vítimasde crime e de violência entre 2022 e 2024. Este número representa um aumento de 23,3% no total de vítimas do sexo masculino apoiadas — 3.013 em 2022, 3.532 em 2023 e 3.716 em 2024 — refletindo uma tendência crescente na procura de ajuda por parte dos homens.

Durante este período, chegou ao conhecimento da APAV um total de 17.279 crimes e formas de violência praticados contra vítimas do sexo masculino, o que corresponde a um aumento de 19,8%. Em detalhe, foram 5.155 ocorrências registadas em 2022, 5.949 em 2023 e 6.175 em 2024, números que evidenciam não só o crescimento do fenómeno da vitimação masculina, como também a maior visibilidade e reconhecimento social destas situações.

Entre as vítimas apoiadas, 3.556 eram crianças e jovens (com idades entre 0 e 17 anos), 4.167 adultos (entre 18 e 64 anos) e 1.136 pessoas idosas (com 65 ou mais anos). Em 13,6% dos casos (1.402 vítimas) não existe informação relativa à idade.

Relativamente à nacionalidade, a maioria das vítimas era portuguesa (77,7%), seguindo-se as vítimas estrangeiras (12,1%). Em 10,2% dos casos, não foi registada informação sobre a nacionalidade.

Os dados da APAV indicam ainda que os distritos com maior número de vítimas do sexo masculino foram Faro (20,2%), Lisboa (16,7%), Porto (10,8%) e Braga (9,6%), revelando uma distribuição territorial significativa em todo o país.

No que diz respeito à relação da pessoa agressora com a vítima, destaca-se que, em 21,8% dos casos, a pessoa agressora era pai, mãe, padrasto ou madrasta; em 21,2%, encontrava-se ou esteve numa relação de intimidade com a vítima; e em 5,1%, a pessoa agressora era filho ou filha da vítima. Já 19,6% dos casos indicam outra relação entre agressor e vítima, 3% envolveram pessoas sem relação prévia, e em 29,3% não foi possível registar essa informação.

A maioria dos casos envolveu vitimação continuada (36,6%), e cerca de 44,1% ocorreram na residência comum. A APAV assinala ainda que 29,8% das vítimas efetuaram o primeiro pedido de ajuda entre dois e seis anos após o início da vitimação, enquanto 10,9% demoraram 12 ou mais anos até procurar apoio.

No que respeita à apresentação de queixa ou denúncia, 49% das vítimas apresentaram queixa, enquanto 34,1% não o fizeram, o que evidencia a necessidade de continuar a promover a confiança institucional e o acesso à justiça, especialmente no caso das vítimas do sexo masculino. Em 16,9% dos casos não existe informação disponível sobre esta matéria.

No Top 6 dos crimes e formas de violência, destaca-se a violência doméstica, com 11.906 crimes registados, seguida pelos crimes de ofensa à integridade física (885), ameaça/coação (731), injúrias/difamação (570), burla (400) e abuso sexual de crianças (331).

A APAV presta apoio gratuito, confidencial e especializado a vítimas de todos os crimes. A Linha de Apoio à Vítima, 116 006, funciona de segunda a sexta-feira, entre as 8h00 e as 23h00. 

Consulte aqui o documento.

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