
Em 2023, 10.793 vítimas de tráfico humano foram identificadas na União Europeia (UE). Este é o maior número de casos registados desde 2008. De acordo com a informação partilhada pelo Eurostat, isto quer dizer que, em 2023, “havia 24 vítimas por cada milhão de habitantes na UE”, sendo a maioria (63,3%) mulheres ou meninas.
Portugal registou também o maior número de vítimas em 2023: 410, mais 164 do que em 2022 e mais 210 vítimas do que em 2021. Em 2020, havia 105 pessoas a serem exploradas e, em 2019, 179. Das 410 vítimas identificadas em 2023, 339 foram traficadas para trabalho forçado, sete foram exploradas sexualmente e as restantes 64 foram exploradas para remoção de órgãos e para outros fins.
O aumento do número de casos de tráfico humano é comum a 14 dos 27 países da UE. No entanto, este aumento em 6,9% no número de vítimas pode não corresponder a um agravamento do problema, já que a maior parte dos países assume que há “uma maior atenção das autoridades e agências que lutam contra o tráfico de seres humanos”, lê-se.
Das 10.793 vítimas sinalizadas em 2023, 43,8% foram exploradas sexualmente, 36,9% forçadas a trabalhar e 20,2% forçadas a remover órgãos ou exploradas para outros fins. Apesar da exploração sexual ter diminuído nos últimos cinco anos, o número de pessoas traficadas para trabalho forçado e o número de pessoas traficadas para a remoção de órgãos e para outros propósitos exploratórios (fraude, atividades criminosas ou mendicidade forçada), tiveram “um aumento notável”.
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