O assédio persistente não é caracterizado pela
ocorrência de um único comportamento de assédio ou acontecimentos, mas antes por uma constelação
de condutas e situaçõe que ocorrem de forma repetida, persistente e imprevisível.
O carácter persistente e imprevisível dos comportamentos impostos pelo/a autor/a do assédio
persistente tem efeitos altamente penalizantes na saúde física e mental, no bem-estar emocional
e no estilo de vida da vítima.
As vítimas veem-se frequentemente confrontadas com a necessidade de ajustar as suas rotinas
diárias, sentindo-se cada vez mais aterrrorizadas e sem controlo sobre as suas vidas.
Podem surgir na vítima alguns sintomas ou consequências do assédio persistente,
nomeadamente:
distúrbios digestivos;
alterações de
apetite;
náuseas;
dores de
cabeça;
insónias;
pesadelos;
fraqueza;
cansaço;
exaustão;
alterações
na aparência física (exemplo: mudar a cor e/ou cortar o cabelo).
Em consequência de ferimentos causados pelo/a perpetrador/a podem ocorrer lesões
físicas, tais como:
hematomas;
queimaduras;
ferimentos de arma branca;
ferimentos de arma de
fogo.
medo;
culpa;
hipervigilância;
desconfiança;
sensação de perigo
iminente;
sentimentos de abandono;
desânimo;
confusão;
falta de
controlo;
comportamentos de evitamento;
perturbações de ansiedade, como;
Perturbação de Stress Pós-Traumático; (PSPT);
depressão;
tentativas de
suicídio;
aumento do consumo de medicação ou automedicação;
aumento do consumo de
álcool/tabaco ;
alteração de rotinas diárias;
redução dos
contatos sociais
abandono e/ou evitamento de actividades sociais;
mudança de cidade, de
residência, de carro, e/ou de emprego
aumento de encargos económicos/despesas em resultado da necessidade de adquirir ou
reforçar medidas de segurança (exemplo: mudar a fechadurade casa; aquisição de alarmes,
etc.);
redução no rendimento/produtividade profissional, académica e/ou
escolar;
aumento do absentismo e/ou redução da assiduidade;
diminuição do salário
devido a dias de trabalho perdidos;