O fenómeno do sexting consiste no envio, através de tecnologia digital (smartphone, tablet, computador, redes sociais, e-mail, instant messenger…), de conteúdos sexuais ou eróticos, por qualquer formato (texto, áudio, chamada, videochamada, fotografia, vídeo, GIF, emoji, entre outros).
De acordo com o estudo realizado por Madigan et al., publicado em 2018 na revista JAWA Pediatrics, cerca de 15% (mais de 10.000 inquiridos) já enviou mensagens de cariz sexual e 27% diz já os ter recebido.
Segundo o mesmo estudo, um em cada oito adolescentes (12,5%) já reenviou mensagens que recebeu com conteúdos sexuais sem o conhecimento do emissor.
O sexting pode dever-se a vários fatores, como a massificação do uso de tecnologia em sociedade, marketing agressivo direcionado para o consumo e à sexualização, pressão dos pares, aliciamento ou extorsão.
Após a partilha de conteúdos, alguns/algumas autores/as usam os referidos conteúdos como forma de coação junto das vítimas.
Quando tal sucede, a criança ou jovem pode ser ameaçada com a divulgação dessas mesmas fotos, junto do seu grupo de amigos e/ou familiares como forma de obtenção de mais conteúdos de natureza íntima, com o objetivo de obter uma contrapartida monetária ou mesmo como forma de levar a um encontro físico entre a criança e jovem com um/a adulto/a.