TSF | Violência doméstica. "Se eu soubesse que teria esta resposta para me proteger, teria apresentado queixa mais cedo"

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Fotografia: Artur Machado / Global Imagens

"Há dez gabinetes de Apoio à Vítima de Violência Doméstica nos tribunais. O Parlamento quer alargar a rede a mais comarcas. 

Apesar de estar situado no edifício do tribunal, o Gabinete de Apoio à Vítima do departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Faro está decorado com mobiliário branco e informal. Uma forma da vítima que ali chega não se sentir num local hostil. Este gabinete, em particular, foi criado em 2019 e é um dos dez que existem no país. Os casos que lhe vão parar às mãos chegam sobretudo através do Ministério Público ou após uma queixa feita às autoridades policiais. E é a partir daí que se desenrola o trabalho do Gabinete de Apoio à Vítima de Violência Doméstica e de Género. E o que faz? "Desde logo o apoio emocional, muitas vezes em situações de crise psicológica. O apoio também a nível informativo dos procedimentos processuais, da questão dos direitos das vítimas, dos apoios que existem e que podem obter, assim como a preparação e o acompanhamento em diligências", explica a coordenadora.

Ana Oliveira, psicóloga, é técnica da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), a entidade que dá o suporte técnico a este organismo. Considera que o primeiro trabalho é fazer a avaliação do risco que corre cada pessoa que ali entra. Ana lembra-se de um caso recente em que o agressor não acatou a decisão do tribunal e depois da intervenção do gabinete tudo andou mais rápido. "Falarmos com o Ministério Público fez com que fossem determinadas medidas que fizeram com o que o agressor saísse de casa", conta. A psicóloga considera que a reação que recebe por parte das vítimas é o que recompensa o seu trabalho. "Recebo a chamada dessa pessoa que me diz que agora já vai para casa aliviada e que a casa lhe dá uma sensação de paz", relata.

No ano passado, o gabinete atendeu cerca de 400 casos e este ano já vai em mais de 200 acompanhamentos. A perceção da psicóloga é a de que o fenómeno da violência doméstica está a aumentar, embora seja também percetível que há mais denúncias que anteriormente ficavam entre portas. Ela atinge crianças, mulheres e idosos e passa por todos os estratos sociais."

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Um gesto que pode ajudar quem sofre em silêncio. Doe grátis 0,5% do seu IRS

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Um gesto que pode ajudar quem sofre em silêncio. Doe grátis 0,5% do seu IRS.

Ao entregar a sua declaração de IRS no Portal das Finanças, no quadro 11, indique o NIF da APAV: 502 547 952 e assinale o campo IRS.

Ao ajudar a APAV, está a contribuir para o apoio às vítimas de vários tipos de crime. Todos podemos um dia ser vítima de crime.

O seu apoio faz toda a diferença. Obrigada!

A campanha foi desenvolvida pela agência New Normal, com fotografia de Rafaela Lopes.

apav.pt/irs

Convenção de Istambul | 1.ª Avaliação temática – Relatório das ONG

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O capítulo IX da Convenção do Conselho da Europa sobre a prevenção e o combate à violência contra as mulheres e a violência doméstica (Convenção de Istambul) estabelece o mecanismo de monitorização da sua aplicação pelos Estados Parte, nomeadamente através do Grupo de Peritas/os para o Combate à Violência contra as Mulheres e a Violência Doméstica – GREVIO.

O GREVIO elabora e publica relatórios que avaliam as medidas legislativas e outras medidas adoptadas pelas partes para dar cumprimento às disposições da convenção. Em 2023 deu-se início à primeira ronda de avaliação temática do GREVIO dedicada à temática “Criar confiança através da prestação de apoio, proteção e justiça”.

Neste âmbito, o Estado Português elaborou o relatório oficial e dez ONG e serviços de apoio à vítima (entre as quais a APAV) elaboraram o relatório alternativo, que pode ser consultado aqui.

Estatísticas APAV | Homens Adultos Vítimas de Violência Doméstica 2021-2023

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A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima divulga as Estatísticas APAV | Homens Adultos Vítimas de Violência Doméstica 2021-2023, com os dados que se referem aos processos de apoio desenvolvidos presencialmente, por telefone, e-mail e online, no período compreendido entre 2021 e 2023.

Apesar de a prevalência do crime de violência doméstica ser muito superior sobre as mulheres, os homens também são vítimas deste crime. Entre 2021 e 2023, a APAV registou um total de 2.598 homens adultos vítimas de violência doméstica, tendo-se verificado um aumento de 38,8% entre 2021 e 2023.

Dos 5.146 crimes de violência doméstica praticados contra homens adultos, o mais expressivo foi a ameaça/coação (n=1.661; 32,3%), seguindo-se das injúrias/difamação (n=1465) e dos maus tratos físicos (n=1368).

Os homens vítimas de violência doméstica podem ser alvo de comportamentos de controlo, agressões físicas e psicológicas. O medo e a vergonha surgem como a principal barreira ao primeiro pedido de ajuda. O receio do descrédito e da humilhação, que pode, muitas vezes, surgir de familiares, amigos e até mesmo instituições policiais e judiciárias, impede a decisão da denúncia da vitimação.

A APAV presta apoio gratuito, confidencial e especializado a vítimas de todos os crimes. Este apoio, no regime presencial, está disponível através de uma rede nacional de serviços de proximidade. 

A Linha de Apoio à Vítima, 116 006, funciona de segunda a sexta, entre as 8h00 e as 23h00, e está disponivel através do e-mail Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.

Consulte aqui o documento:
Estatísticas APAV | Homens Adultos Vítimas de Violência Doméstica 2021-2023

A APAV recorda a campanha "Vamos mudar a conversa", que pretende alertar para esta realidade e dizer aos homens que falar sobre o tema, e assumirem que são vítimas, é um sinal de força e não de fraqueza. 

Artigo: “Desafios específicos do luto de familiares em situações de homicídio”

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A mais recente edição da revista BioHazMag conta com um artigo da autoria de Carla Ferreira, técnica da APAV, gestora da Rede de Apoio a Familiares e Amigos de Vítimas de Homicídio e de Terrorismo (RAFAVHT). Carla Ferreira escreve sobre os “Desafios específicos do luto de familiares em situações de homicídio – reflexões a partir do trabalho quotidiano da APAV”.

O artigo pode ser consultado online (página 40):
biohazmag.pt