Como acontece
A violência sexual não envolve apenas o uso de violência física.
O/A agressor/a pode usar outro tipo de estratégias para convencer, pressionar ou forçar a vítima à prática de um ato sexual:
- ameaçar a vida ou integridade da vítima ou de pessoas próximas: namorado/a; companheiro/a; cônjuge; familiares; amigos/as; filhos/as;
- ameaçar ou chantagear a vítima com argumentos de que divulga vídeos, imagens e outro tipo de materiais em que a vítima surge exposta na sua intimidade, caso não concorde ou não queira praticar um determinado ato sexual;
- ameaçar ou insinuar que, caso a vítima não se envolva num determinado ato sexual, espalha boatos, mentiras ou informações falsas junto de pessoas próximas;
- usar argumentos ou pressionar persistentemente para que a vítima se envolva num determinado ato sexual, mesmo que não queira, como convencê-la de que o ato é uma prova de amor ou de afeto para com a outra pessoa ou dizer à vítima que, se não o fizer, termina a relação ou trai a vítima;
- aproveitar a existência de relações sexuais anteriores praticadas de mútuo acordo para justificar a “obrigação” de a vítima realizar um determinado ato sexual, mesmo que não queira;
- aproveitar-se de um estado de incapacidade da vítima, em que ela não está em condições de concordar ou discordar do envolvimento em atos sexuais, como quando se encontra alcoolizada, quando está sob o efeito de medicação ou se encontra incapacitada por doença física ou mental, para praticar com ela atos sexuais;
- colocar de propósito a vítima num estado de incapacidade, drogando-a, por exemplo;
- aproveitar uma relação de superioridade em relação à vítima para a convencer ou coagir a um ato sexual, como quando o/a agressor/a é, por exemplo, um/a superior hierárquico no local de trabalho, um/a professor/a ou outro profissional educativo da escola ou estabelecimento de ensino em que a vítima estuda.
Apesar de a violência sexual poder ser praticada por qualquer pessoa, a maioria das situações de violência sexual denunciadas são cometidas por alguém do sexo masculino e, frequentemente, próximo ou conhecido da vítima.
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