Parte do trabalho desenvolvido pelo projeto COVIS - co-financiado pelo Programa Justiça da União Europeia -  está relacionado com a organização de webinars em diversos países, cujo objetivo é a partilha de informação e conhecimento sobre os serviços de apoio à vítima em tribunal nas diferentes realidades nacionais. Os países convidados são os Países Baixos, a Austrália e os Estados Unidos da América.

Os webinars contarão com a presença dos vários parceiros do projeto COVIS, nomeadamente Organizações de Apoio à Vítima na Suécia, Dinamarca, Finlândia, Portugal (APAV); uma Organização focada no apoio a vítimas no tribunal (Irlanda) e Bruxelas (Victim Support Europe). A língua oficial dos webinars será o Inglês, sem possibilidade de tradução para outras línguas.

Os webinars decorrerão online, via Zoom. Caso esteja interessado em participar poderá registar-se aqui.

Saiba mais sobre o projeto COVIS – Court Based Support Services for Victim and Witness of Crime – no site Projeto COVIS.

No passado dia 4 de outubro, a formadora da APAV Isabel Cabacinho esteve presente na Federação Portuguesa de Futebol (FPF), onde dinamizou a formação "Um compasso para orientar treinadores/as no combate à violência de género e violência doméstica", no âmbito do projeto GOALSCORE.

Este projeto, que arrancou a 25 e 26 de julho, com uma reunião em Malta, na qual participaram os parceiros da iniciativa: Federação Maltesa de Futebol, Federação Romena de Futebol, Federação Portuguesa de Futebol, APAV, Unimore, MWL, FILIA e EuroActiv, procura usar o futebol para combater a violência de género sobre jovens do sexo feminino (18-21 anos).

Os temas abordados nesta formação foram:

1. O que é a violência de género e a violência doméstica: definições e teorias;
2. Consequências e riscos relacionados com a violência de género e a violência doméstica;
3. Como detetar a violência de género: uma grelha de indicadores;
4. Facilitar a revelação e prestar apoio às vítimas de violência de género: dicas úteis;
5. Contactos úteis para o combate à violência de género.

Com uma abordagem de prevenção ativa, o projeto GOALSCORE combina duas prioridades: o combate à violência contra as mulheres; proteger as adolescentes e jovens. Este projeto terá a duração de 36 meses e fornecerá uma metodologia, de livre acesso por meio de curso online e orientações, para combater a violência de género através do futebol.

Os eventos desportivos planeados e a conferência final com a presença de modelos irão favorecer a visibilidade, a divulgação e o impacto social em toda a Europa. O GOALSCORE mostrará que o futebol pode fornecer maneiras inovadoras e envolventes de combater questões sociais relevantes, como a violência de género, com o poder do desporto.

A APAV reconhece que a violência contra as pessoas idosas constitui um problema social e de saúde pública, pelo que consideramos que o seu eficaz combate pode contribuir para um futuro mais inclusivo, onde todos sejam respeitados ao longo do ciclo de vida, nomeadamente no contexto de um envelhecimento ativo e saudável.

Apoiamos as pessoas idosas e as suas famílias, prestando-lhes apoio jurídico, psicológico e social; conta com a colaboração de outras instituições, públicas e privadas, e com os vizinhos e conhecidos das vítimas — cujo papel pode ser muito importante, sobretudo na denúncia das situações de violência.

Estes crimes não podem ser remetidos ao silêncio.

A APAV está disponível para ajudar através dos seus diferentes serviços, nomeadamente da Linha de Apoio à Vítima 116 006 — dias úteis, das 08h00 às 22h00 — chamada gratuita e confidencial.

O relatório Estatísticas APAV | Pessoas Idosas Vítimas de Crime e de Violência | 2021-2022 pode ser consultado aqui. 

A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) divulga o relatório sobre os resultados das ações desenvolvidas na preparação e realização da Jornada Mundial da Juventude, que decorreu em Portugal entre os dias 1 e 6 de agosto. No âmbito do protocolo assinado, a 2 de março de 2023, a Fundação JMJ e a APAV trabalharam em conjunto naquele que a Associação considera ter sido “um passo inovador na história dos grandes eventos” e que tornou as duas organizações “pioneiras” ao colocar, pela primeira vez, “o foco na vítima de crime ao nível do planeamento, abrindo assim caminho a que esta dimensão se converta em parte integrante da estratégia de segurança de eventos futuros em Portugal e no Mundo”. Aliás, este pioneirismo terá “despertado o interesse de congéneres internacionais” da APAV, que faz um “balanço extremamente positivo” desta iniciativa de colaboração conjunta.

Dos resultados obtidos ao longo das semanas de preparação e, mais tarde, de realização da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, destacam-se os seguintes aspetos:

Prevenção

• Criação de dois manuais de boas práticas em português e inglês, descarregado na aplicação da JMJ dos peregrinos;

• Site específico nas cinco línguas oficiais da JMJ, com informação sobre apoio e prevenção de abusos: 15 122 visualizações (77% dos quais em português);

• Ações de formação para colaboradores, voluntários, chefes de equipa (em versão presencial e online) — que abrangeram 24 443 formandos.

Ação no terreno

• Redes sociais da APAV fizeram 36 publicações sobre a JMJ, com uma média de 1 033 visualizações por post;

• 9 membros das equipas da APAV estiveram no terreno nos dias da JMJ, nos espaços dos eventos centrais, percorrendo 840 km, numa média de 8,5 km/dia por colaborador presente;

• Equipas móveis da APAV marcaram presença nas dioceses de acolhimento de Setúbal e Santarém, não tendo registado qualquer pedido de apoio;

• Nos dias da JMJ, a APAV realizou 50 atendimentos presenciais, telefónicos e por correio eletrónico;

• No total foram recebidos 30 pedidos de apoio, sendo que 12 dos quais (40%) não se referiam a suspeita da prática de quaisquer crimes;

• 60% dos pedidos de apoio (18 situações) reportaram suspeitas de crime:
  • 5 casos de burla (16,7%);
  • 4 furtos (13,3%);
  • 4 suspeitas de tráfico de pessoas (13,3%), que aconteceram já depois da JMJ ter terminado e foram comunicadas à PJ;
  • 3 casos de importunação sexual (10%);
  • 2 casos de coação/assédio (6,7%).