No dia 18 de Abril a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), em parceria com o Action Scotland Against Stalking, assinalou o Dia Nacional de Sensibilização para o fenómeno do STALKING.
Assim, e no sentido de sensibilizar a população portuguesa para esta forma de violência, a APAV lançou neste dia um folheto informativo e um site sobre a problemática: www.apav.pt/stalking.
O STALKING ou ASSÉDIO PERSISTENTE é uma forma de violência em que uma pessoa impõe sobre outra de forma persistente um conjunto de comportamentos de assédio que são indesejados e/ou intrusivos. Qualquer pessoa pode ser vítima de assédio persistente. No entanto, as mulheres jovens apresentam-se como um grupo mais vulnerável.
Em Portugal, tal como em diversos países da União Europeia, o fenómeno de stalking ou assédio persistente não é considerado ou percepcionado como uma forma particular de vitimação. A falta de conhecimento, sensibilização e de consenso quanto à terminologia para descrever os diversos actos criminosos envolvidos no stalking resulta num desconhecimento geral das suas complexidades.
Dados de um estudo realizado em 2010 (por Marlene Matos e colaboradores, Faculdade de Psicologia da Universidade do Minho) revelam que: 19,5% dos inquiridos haviam sido vítimas de stalking em algum momento da sua vida; em 40,2% das situações o agressor era conhecido/colega/familiar ou vizinho; 79,2% foram vítimas de tentativas de contactos indesejados; em 58,5% das situações o agressor apareceu em locais habitualmente frequentados pela vítima; 80% dos comportamentos de stalking ou assédio persistente eram diários ou semanais.
A APAV, através da rede nacional de Gabinetes de Apoio à Vítima, tem a capacidade para dar resposta a este tipo específico de vitimação, prestando apoio jurídico, psicológico, emocional e social a quem seja vítima desta forma de violência.
www.apav.pt/stalking