O roubo, embora se identifique com o furto por se
aplicar apenas a bens móveis e animais alheios e implicar a intenção de apropriação
supramencionada, distingue-se do mesmo por exigir violência, ameaça ou colocação da vítima na
impossibilidade de resistir. Por se tratar de um crime mais grave, atendendo à vertente pessoal
que acrescenta, apenas é punível com pena de prisão, que pode ascender a 16 anos.
É o que sucede quando alguém é abordado na rua por um estranho, armado, que lhe pede que
entregue todos os bens que tiver consigo, ou quando alguém assalta uma ourivesaria em horário de
funcionamento, ameaçando os funcionários com uma faca. Ainda, quando alguém assalta uma casa e
se cruza com o seu proprietário, amarrando-o à cadeira ou agredindo-o violentamente para que não
possa impedir o assalto.
Um esquema que se tornou famoso pela sua ocorrência muito comum foi o carjacking. Este
consiste no roubo de um carro por recurso a uma arma, muitas vezes num esquema ardilosamente
montado para fazer a vítima parar o carro que conduz.
Para alguns adolescentes e jovens, o carjacking pode ser um rito de passagem, o símbolo de
estatuto, ou simplesmente um desafio e uma emoção. Mas a verdade é que o tipo de carro
influencia em muito a ocorrência deste crime: os carros de luxo proporcionam a rápida realização
de dinheiro; carros cujas peças sejam raras e de elevado valor são igualmente aliciantes.
Embora este crime possa ter lugar em qualquer altura, na maioria dos casos ocorre durante a
noite e de madrugada. E não se pense que apenas acontece nas grandes cidades; acontece
igualmente nos subúrbios, em pequenas cidades e em áreas rurais. Os carjackers esperam por uma
boa oportunidade e não escolhem vítimas pelo sexo, pela cor, nem pela idade.