Constituída por Técnicos/as de Apoio à Vítima®, colaboradores/as e voluntários/as, com formação específica, a APAV HOPE oferece um apoio especializado em situações de homicídio tentado, homicídio consumado ou atos terroristas, integrando-se nos serviços de proximidade da APAV. O apoio prestado pela APAV HOPE é gratuito e confidencial.

O que fazemos?

Homicídios ou atos terroristas podem ter consequências devastadoras na vida das vítimas e de quem as rodeia.

Os/as Técnicos/as de Apoio à Vítima da APAV HOPE ouvem e percebem as necessidades de quem é vítima, familiar ou amigo, ajudando essas pessoas a lidar com as consequências provocadas pelo crime nas suas vidas.

Os/as Técnicos/as da APAV HOPE trabalham para que as vítimas possam superar o impacto do crime, apoiando nas consequências mais diretas do crime, mas também no confronto com dificuldades jurídicas, sociais e práticas que possam surgir e promovendo o acesso aos seus direitos enquanto vítimas de crime.

Como o fazemos?

A APAV HOPE oferece apoio emocional, psicológico, jurídico, social e prático, baseado nas necessidades particulares de cada pessoa.

Os/as Técnicos/as de Apoio à Vítima ajudam a promover o acesso à informação sobre o processo-crime, os direitos e os apoios de que poderão beneficiar, bem como diligenciam pelo acompanhamento de pessoas em apoio em diferentes fases ou necessidades (ex.º acompanhamento a Tribunal).

A APAV, através da APAV HOPE, também trabalha para o reconhecimento dos direitos das vítimas de homicídios tentados, seus familiares e amigos, assim como os familiares e amigos de vítimas de homicídios consumados e as vítimas de terrorismo, bem como para a sensibilização da comunidade, prevenindo os riscos de revitimazação e atenuando os efeitos do crime.

Em matéria de apoio jurídico, a APAV HOPE poderá:

  • Informar acerca dos seus direitos e de como exercê-los
  • Elucidar relativamente aos procedimentos e etapas de um processo-crime
  • Preparar e/ou acompanhar em determinados atos do processo-crime (ex.º ida a Tribunal)
  • Auxiliar na elaboração de requerimentos e peças processuais, como o pedido de indemnização, de apoio judiciário, de aplicação de medidas de proteção, entre outros, desde que para tal não seja obrigatória a constituição de advogado/a

Também poderá ser prestado apoio psicológico, procurando:

  • Avaliar o impacto da experiência vivida
  • Ajudar a minimizar as consequências e sintomas negativos da experiência
  • Encaminhar para serviços de saúde especializados, caso necessário
  • Promover as suas competências, segurança e bem-estar
  • Prevenir futuras situações de vitimação

Ainda poderá ser prestado apoio social, que poderá consistir em:

  • Informar acerca dos vários recursos sociais existentes e em que medida estes poderão ser úteis e adequados para responder às suas necessidades sociais
  • Encaminhar para os serviços e instituições que melhor respondam a essas necessidades
  • Facilitar o contato com essas estruturas e/ou acompanhar presencialmente nesse processo

Para além destes apoios especializados, a APAV HOPE pode ainda:

  • Apoiar durante a fase de crise emocional
  • Delinear de um plano de segurança pessoal
  • Apoiar nas notificações de morte
  • Apoiar no contacto com outras organizações, como Polícia Judiciária, Instituto Nacional de Medicina Legal, entre outras
  • Apoiar durante o processo de planeamento de cerimónias
  • Apoiar na integração às atividades diárias
  • Apoiar na integração escolar e explicação do processo de luto a crianças ou jovens que sejam familiares ou amigos da vítima

Se precisa do apoio da APAV HOPE, não hesite: contacte diretamente um dos Gabinetes de Apoio à Vítima da APAV ou a Linha de Apoio à Vítima – 116 006, número nacional e gratuito, disponível todos os dias úteis, entre as 08h e as 23h. Poderá também enviar-nos um e-mail para hope@apav.pt.

O apoio de pessoas da família ou pessoas amigas é muito importante para quem passou por uma situação de homicídio tentado ou consumado ou por um ato terrorista, atendendo às consequências que podem surgir.

Por vezes, apesar de serem orientadas nesse sentido logo após a situação vivenciada, as pessoas não querem receber apoio naquele momento. Mais tarde, com o desvanecer da situação, pode não ser dada tanta atenção à necessidade de apoio como nos primeiros momentos, deixando-se a pessoa quase “entregue a si mesma”.

Assim, é muito importante que familiares e amigos/as estejam atentos/as e ajudem as pessoas que experienciaram esta situação a procurarem apoio especializado.

Também enquanto familiar ou amigo/a, poderá ajudar noutras tarefas, como:

  • Ajudar nas rotinas diárias, como tarefas domésticas, levar o carro à revisão, pagar contas, etc;
  • Ter atenção ao agravamento de estados de saúde crónicos, como controlo da tensão arterial, controlo dos níveis de diabetes, etc;
  • Ajudar a pessoa a ter contactos sociais e familiares;
  • Referenciar o caso às autoridades ou bombeiros, se for um caso que necessite de atenção especial, por viver sozinha, ser idosa, etc;
  • Sensibilizar a pessoa a receber apoio de organizações, como a APAV.

Se conhece alguém que precisa do apoio da APAV HOPE, não hesite: contacte diretamente um dos Gabinetes de Apoio à Vítima da APAV ou a Linha de Apoio à Vítima – 116 006, número nacional e gratuito, disponível todos os dias úteis, entre as 08h e as 23h. Poderá também enviar-nos um e-mail para hope@apav.pt.  

Mesmo que tenha vivenciado uma situação de homicídio (tentado ou consumado) ou terrorismo fora de Portugal, a APAV HOPE pode ajudar.

Para além das informações dos apoios disponíveis, a APAV HOPE pode ainda:

  • Prestar apoio emocional, informativo e psicológico, em português, através de apoio à distância, com recurso a videochamada;
  • Estabelecer o contacto com outras organizações de apoio à vítima que existam no país onde ocorreu o crime;
  • Ajudar a compreender o sistema jurídico do país onde ocorreu o crime, a redigir pedidos de constituição de assistente, apresentação de queixa ou pedido de indemnização a vítimas de crimes violentos, se isso for possível no país onde ocorreu o crime;
  • Ajudar na procura de serviços como advogados, tradutores, empresas funerárias, etc.;
  • Ajudar a estimar custos de transladação do corpo, caso essa for a vontade da família;
  • Ajudar nos contactos com a família em Portugal;
  • Apoiar a família em Portugal.

A APAV HOPE não pode:

  • Investigar ou interferir na investigação do crime de homicídio ou ato terrorista ocorrido no estrangeiro;
  • Pagar despesas como tradutores, advogados ou transladação do corpo para Portugal;
  • Pagar a viagem para a família ir ao país onde ocorreu o crime.

Caso tenha sido vítima de homicídio ou um ato terrorista fora de Portugal, poderá também:

  • Entrar em contacto com a embaixada ou consulado de Portugal no país onde decorreu o atentado e identifique-se enquanto vítima. Normalmente, os países fazem a contagem de nacionais envolvidos e podem apoiar ou informar as vítimas, familiares e amigos, desde que seja conhecido quem são e que estiveram envolvidos no evento.
  • Se não tiver ficado ferido, verificar se no local do atentado ou imediações está a ser prestado apoio psicossocial e/ou apoio à vítima. Estes apoios, normalmente práticos, emocionais e psicológicos de intervenção em crise são uma boa ajuda para orientá-lo/a para as próximas horas ou dias. É normal que na ocorrência de um evento as pessoas queiram sair do local o mais depressa possível, mas é importante ficar com os contactos de como pode solicitar apoio, caso venha mais tarde a necessitar.

Se conhece alguém que precisa do apoio da APAV HOPE, estando essa pessoa fora de Portugal, não hesite: contacte diretamente um dos Gabinetes de Apoio à Vítima da APAV . Poderá também enviar-nos um e-mail para hope@apav.pt.