Está a ser vítima?

Existem algumas questões que podem ajudar a pessoa a perceber se está a ser vítima do crime de Violência Doméstica, tais como:
  1. Tem medo do temperamento do seu namorado ou da sua namorada?
  2. Tem medo da reação dele(a) quando não têm a mesma opinião?
  3. Ele(a) constantemente ignora os seus sentimentos?
  4. Goza com as coisas que lhe diz?
  5. Procura ridicularizá-lo(a) ou fazê-lo(a) sentir-se mal em frente dos seus amigos ou de outras pessoas?
  6. Alguma vez ele(a) ameaçou agredi-lo(a)?
  7. Alguma vez ele(a) lhe bateu, deu um pontapé, empurrou ou lhe atirou com algum objecto?
  8. Não pode estar com os seus amigos e com a sua família porque ele(a) tem ciúmes?
  9. Alguma vez foi forçado(a) a ter relações sexuais?
  10. Tem medo de dizer “não” quando não quer ter relações sexuais?
  11. É forçado(a) a justificar tudo o que faz?
  12. Ele(a) está constantemente a ameaçar revelar o vosso relacionamento?
  13. Já foi acusado(a) injustamente de estar envolvida ou ter relações sexuais com outras pessoas?
  14. Sempre que quer sair tem que lhe pedir autorização?

A presença de um ou mais destes comportamentos, sobretudo utilizados para controlar as outras pessoas,
pode significar que é vítima de violência física, psicológica ou sexual no seu relacionamento.

A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA É CRIME.


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O Ciclo da Violência Doméstica

A violência doméstica funciona como um sistema circular – o chamado Ciclo da Violência Doméstica – que apresenta, regra geral, três fases:

1. Aumento de tensão:
As tensões acumuladas no quotidiano, as injúrias e as ameaças tecidas pelo agressor, criam, na vítima, uma sensação de perigo eminente.

2. Ataque violento:
O agressor maltrata física e psicologicamente a vítima; estes maus-tratos tendem a escalar na sua frequência e intensidade.

3. Lua-de-mel:
O agressor envolve agora a vítima de carinho e atenções, desculpando-se pelas agressões
e prometendo mudar (nunca mais voltará a exercer violência).

Este ciclo caracteriza-se pela sua continuidade no tempo, isto é, pela sua repetição sucessiva ao longo de meses ou anos, podendo ser cada vez menores as fases da tensão e de apaziguamento e cada vez mais intensa a fase do ataque violento. Usualmente este padrão de interacção termina onde antes começou. Em situações limite, o culminar destes episódios poderá ser o homicídio.